segunda-feira, 21 de março de 2011




 Meios momentos,
fragmentos de palavras.
Fluem da minha alma
Em tempos passados,
já distantes,
para logo se saber a 
presença do agora.
E o presente ocupa o
lugar das lembranças.
O coração perde peso,fica leve
e nisto parece haver
uma intensa liberdade adquirida.
Em meio à novas  sensações,
Sinto uma certa pureza ingênua.
Que completa aos poucos.
O prazer  da vida sem 
se fazer culpa.
Vive-se um momento presente
que comunga comigo.
Vive para si, para todos
e por ninguém,
e isso cria um estado
de plena leveza.
Não voa, não tem asas, 
mas levita,
e me leva consigo.
A força parece ter 
encontrado a calma.
E a beleza já existente
pacifica a força.
E pouco importa se é 
sonho ou utopia,
vale mais a presença sincera
o carinho constante
Não se fazem mais necessárias 
as reflexões,
a consciência liberta apenas vive.
E  o existir se encontra
com o prazer da saudade.
E a dualidade de sentimentos
se congrega em um.
E uma paz que desconhecia,
mas vem visitar-me,
já não sei se sinto-me
feliz ou triste,
pois isto parece pequeno
demais neste momento.
E a maior das posses parece
ser a renúncia.
E ainda nem sei o que sou,
mas renuncio parte de mim.
A luta venceu a batalha e a
luta foi vencida pela paz.
E já não é mais a minha
vontade que conduz,
mas o coração que verte-se
em suaves emoções.
É a minha alma que brinca
em águas serenas
e a face da verdade não
querem convencê-la,
apenas a convidam 
e a  seduzem.
E por não serem sedutoras,
prometem sem juras,
vestem-se de irresistível
encanto no amor
que nasceu semente,
que brotou em grandes
carvalhos de vento
que produziram 
doces frutos de luz
que alimentam nossa própria
existência....
(Jota Poeta)

Nenhum comentário:

Postar um comentário